Depois de praticamente três meses trabalhando esporadicamente nesse desenho, cheguei na sua conclusão. Inicialmente queria fazer uma ilustração sobre o livro “O velho e o Mar“, mas com algumas referências visuais brasileiras. Além disso eu estava experimentando desenhar em formatos maiores de papel, e decidi implementar isso nesse trabalho. Por mais engraçado que fosse, acabei também me colocando em uma posição parecida com a do Santiago, protagonista do livro, pescando um peixe talvez grande demais pra mim.
O tamanho do desenho, as diversas etapas no tradicional, o trabalho cheio de detalhes no digital, tudo isso somado a um longo período de trabalho na mesma peça foi me colocando nessa posição de cansaço, mas ao mesmo tempo de vontade de trazer esse peixe pra casa. E o que inicialmente era um trabalho de inspiração externa, ficou muito pessoal. Me fez pensar muito sobre a nossa condição como artistas, de quando estamos também pescando nossas ideias, esperando fisgar um “grande peixe“ e de como essas boas ideias que recebemos trazem um compromisso e uma carga enorme de esforço pra fazer-las virar algo real. 
Assim como na musica que escolhi pra acompanhar essa imagem, a Catende, “…meu barco fere a distância, no disparo da inconstância me encontrei sem me esperar, e quanto mais o tempo avança mais me perco nesse mar. E no rumo do segredo, caminhei todo o caminho“
Em janeiro eu quero produzir uma quantidade pequena de prints dessa ilustra em impressão fineart. Tento sempre fazer meus impressos num valor acessível, mas sei que essa técnica de impressão apesar de maravilhosa pode sair meio salgada para alguns. Então se tiverem interesse, por favor me digam.
Obrigado a todas as pessoas que participaram desse trabalho, seja opinando, incentivando, ou só me ouvindo falar dele <3

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