Eu fui pego de jeito pela música do Dominguinhos "Cortador de Cana", ela fazia um retrato tão forte e belo de um cortador, que grudou na minha imaginação. Naquele momento eu estava passando os dias com a minha vó no hospital por conta de uma cirurgia que ela havia feito (que deu tudo certo!), e em um daqueles dias eu estava pintando um cortador de cana como um dos exercícios do curso de pintura daquela semana.
Nessas, nós começamos a conversar sobre aquele desenho, ela me contou de uma amiga/vizinha que era cortadora, e como ela achava tão bonito o 'uniforme' da amiga ir pro campo. Isso me provocou a pensar nesse aspecto da beleza dessa figura também. Essa é uma peça que não só celebra isso, como é uma espécie de recordação daquelas tarde no hospital, que apesar das tensões que envolviam passar dias num hospital em um cenário pandêmico, e o pós de uma cirurgia complicada de uma pessoa querida. Foram tardes bem bonitas, com conversas bonitas.
Além de tudo essa ilustração foi o fechamento de um ciclo de estudos de pintura que vinha fazendo desde dezembro pós término do curso de fundamentos do Mike Azevedo.




